segunda-feira, 20 de julho de 2009

Who’s Bad?

You’re bad, Michael! Sem dúvida, você é um menino mau... Pois só sendo mau se morre aos cinqüenta, deixando tantos planos e fãs incompletos... Aliás, a incompletude parecia ser a sua marca. Você cresceu tanto, e não cresceu nada; tentou se transformar, e sofreu [com] tantas transformações; viveu de forma tão intensa, mas parece não ter visto a vida passar...

E você ainda pergunta: Who’s Bad? É lógico, é óbvio que só pode ser você! Quem foi capaz de, ao morrer, gerar legiões instantâneas de loucos dançarinos de rua; de ávidos ouvintes de sua pop música, que estão se acabando nas lojas, à procura de relíquias, muito mais do que de canções. Não entendem quase nada do que você diz. E daí? Querem só ouvir, Sem tentar compreender.

E aí, você acha que alguém conseguiu lhe compreender? Compreender o artista genial e com um talento raro para produzir sob pressão? Disso você entendia bem, não é, Michael? A pressão [e a opressão] o acompanharam desde menino...

Isso, no entanto, ficou pra trás... Aliás, quase tudo ficou... Mais uma vez você deixou tudo menos importante do que ver você, saber de você. O mundo está se acabando, e todos só querem saber o que lhe aconteceu...

E agora, Michael, o que faço com a música que escrevi pra você cantar? Você foi, e levou junto o meu direito de lhe ouvir cantar a música que nem sequer chegou a conhecer.

Se era o que você queria, Michael, todos ainda estão atônitos, assistindo o seu show; Parecido com Thriller, só que você não volta; Não poderia dizer se é Black or White. Mas de uma coisa eu tenho certeza: A resposta é: Você; a pergunta? Who’s Bad?

Um comentário:

  1. Passei por uma experiência parecida com a sua, mas o ótica brigou junto comigo e devolvi a peça, estou aguardando uma nova varilux, nunca mais tento mudar a marca

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