segunda-feira, 5 de julho de 2010

RICARDO TEIXEIRA DETESTA FUTEBOL...

É só o que posso concluir, a partir de algumas escolhas que ele faz.
A “era Dunga II” não trouxe felicidade à torcida brasileira. Alguma alegria, em função de ter conquistado alguns títulos, mas não a felicidade de se poder contar com uma seleção de futebol viva, pulsante e consistente, ainda que resultados desfavoráveis ocorressem no percurso.
A seleção vem agindo – e repetiu o feito na copa – como se fosse um vaga-lume: lampejos de genialidade e mergulhos na escuridão da mediocridade, o que se supõe inacreditável, considerado o fato de a maioria dos jogadores atuar nos melhores clubes da Europa.
Isso, aliás, é algo a se refletir, a saber, a convocação quase exclusiva dos “estrangeiros”, em detrimento dos que atuam no país – e jogam tanto ou mais do que muitos dos convocados. Isto porque os mais famosos são, naturalmente, os mais vistos; os mais visados e, portanto, aqueles de quem mais se conhece o estilo de jogo.
Além de conhecidos = visados = mais bem marcados (lembram de Messi?), os principais jogadores vieram de um extenuante campeonato europeu, que terminou às vésperas da convocação para a copa do mundo, e nem o visivelmente lesionado Kaká foi poupado. Sinceramente, precisar, não precisava...
Enquanto isso (no palácio da justiça...), os que jogam no Brasil tentam, desesperadamente, ir jogar fora do país, nem que seja na RAC - República Antidemocrática Casadocaraquistão, só para alcançarem a condição quase sine qua non (indispensável) de virem a ser convocados: jogar no futebol estrangeiro.
Última questão: ainda hoje li que, mal terminado o malfadado jogo contra a Holanda, o intitulado presidente da CBF teria conclamado os jogadores a apoiarem o “projeto 2014”. Ou seja, não interessava mais (interessou em algum momento?) o que havia acabado de acontecer ou como os jogadores poderiam estar se sentindo. O que importava era o próximo lance no tabuleiro em que ele reina absoluto. Preocupado com o sentimento de 190 milhões de sofridos brasileiros? Pra quê? Ele tem muito com o que se ocupar para a realização da copa no Brasil, o que poderia alavancar, como dito na coluna, a sua candidatura a comandante supremo do futebol mundial.
É por isso que só posso concluir como comecei: Ricardo Teixeira detesta futebol!

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